domingo, 13 de março de 2011

Visita Técnica - Templo Religioso

          No dia 13 do mês de março de 2011, às 11:40h recebi autorização do Pr. Sérgio, responsável legal da Igreja do Evangelho Quadrangular Floramar I, para visita técnica no templo religioso.
         O templo está localizado na Av. Gabriela Varela, nº 719, Bairro Jardim Guanabara, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A escolha se deu porque, a princípio, pensei desenvolver no TFG um projeto de acústica com materiais reciclados que pudesse ajudar nos problemas de sonorização existentes em templos religiosos que tanto incomodam o público e a vizinhança.
          Na ocasião, fui informada que a igreja contratou um engenheiro para fazer projeto de PCIP, bem como sua aprovação junto ao Corpo de Bombeiros. Em contato com o Engenheiro, o mesmo forneceu uma cópia do projeto que foi inicialmente protocolado no órgão competente. Trata-se de um templo religioso simples, construído por voluntários da própria comunidade com muito sacrifício e sem o acompanhamento técnico contínuo de um profissional da construção civil.

Fachada Frontal


Corte A-B do Templo Religioso


Vista do púlpito da igreja a partir do mezanino


Vista da lateral esquerda do templo a partir do mezanino

Vista da lateral direita do templo a partir do mezanino

Vista do guarda corpo da escada de acesso ao mezanino


Vista da porta de acesso ao templo a partir da via de acesso
Não há acesso direto à nave pela via de acesso. Para acessá-la os fiéis passam por uma rampa de acesso existente na lateral esquerda do templo.

Planta do Templo


Planta do Mezanino e da rampa lateral de acesso à nave

Entrevista - Vivendo a Engenharia Civil - Engº. Jair Roberto

1) Por favor, informe o seu nome, sua profissão, sua especialização, tempo de formação e atuação profissional.
    Resposta: Jair Roberto Alves de Oliveira, Engenheiro Civil, especilizado em estradas e aeroportos, com 11 anos de formado e atualmente atuando como autônomo.

2) Como é viver da Engenharia Civil?
    Resposta: Viver da Engenharia é considerar uma constante mudança de mercado, com inovações em todas as áreas. É viver aprendendo como lidar com edificações, lidar com mão de obra, lidar com idéias vanguardistas, rompendo conceitos até então consolidados.

3) Quais são seus principais clientes?
    Resposta: Posso destacar que 50% dos meus clientes são entidades religiosas ( construção de templos) e os outros 50% se compõem de particulares de classe média e de baixa renda.

4) Como é a divulgação de seu trabalho no mercado?
    Resposta: Esta se faz pelo conceito de indicação profissional. Minha carteira de clientes é muito fiel, e quando satisfeitos com meus serviços, me indicam com facilidade para novos clientes.

5) Qual o tipo de serviço que você executa?
    Resposta: Dos serviços ligados à Engenharia Civil ofereço; projetos, construções, consultorias, regularização de obras e outros ligados à administração de obras civis.

6) Quais as maiores dificuldades encontradas no mercado de trabalho?
    Resposta: Creio que os paradigmas são um grande problema atualmente. As inovações e soluções que promovem economia de tempo e trabalho com o mesmo fator de segurança ainda são um tabu e retardam o bom crescimento do mercado. Outra dificuldade encontrada no mercado de trabalho é a má qualificação de mão de obra de produção. Dentre outras dificuldades, posso destacar também a burocracia nas prefeituras que desanimam muitos proprietários de realizarem suas obras de forma correta.

7) Quantos clientes você têm?
    Resposta: Atualmente tenho 40 clientes. De serviços já executados, aproximadamente 350 clientes.

8) Qual o seu deslocamento semanal em quilômetros para o atendimento de clientes?
    Resposta: Aproximadamente 500 km.

9) Qual sua renda mensal aproximadamente?
    Resposta: Aproximadamente R$ 8000,00.

10) Quantas horas de trabalho diário?
    Resposta: Em média 12 horas de trabalho diariamente.

11) Quantos orçamentos você faz por mês?
    Resposta: Uma média de 8 orçamentos.

12) Desses orçamentos, quantos se transforma em contrato de serviço?
    Resposta: Aproximadamente 50%.

13) Como você vê o profissional arquiteto?
    Resposta: O arquiteto tem qualificações que complementam a engenharia civil, assim o considero como um colega de trabalho. Suas atribuições são de grande relevância para a construção civil.

14) Quantas construções vocês já executou?
    Resposta: Aproximadamente 40 construções.

15) Você abandonaria a Engenharia Civil para seguir outra profissão?
    Resposta: Certamente! Quando o mercado de trabalho não estiver favorável, a saída é procurar outra profissão, mas posso afirmar que desde que me alistei neste ramo, jamais consegui sair e sinceramente nunca quis.

Carro ecológico sem portas é arma contra engarrafamento

Jorn Madslien - BBC - 21/09/2010
Carro ecológico sem portas é arma contra engarrafamento













 
O T 25 alcança a velocidade máxima de 145 km/hora e deve custar em torno de US$ 9 mil. [Imagem: Gordon Murray Design]
 
Intenções revolucionárias
Um ex-projetista da Fórmula 1 criou um carro ecológico que pode ser a solução para o congestionamento nas grandes cidades.
O veículo ocupa um terço do espaço de um carro convencional quando estacionado, é tão estreito que pode dividir uma mesma faixa de rua ou pista com outro automóvel e é construído à base de materiais reciclados.
Sua manufatura dispensa grande parte da maquinaria pesada usada pela indústria automobilística hoje e requer apenas 20% do capital necessário atualmente.
Herói dos amantes do automobilismo, Gordon Murray desenhou, entre outros, a McLaren dirigida por Ayrton Senna quando o brasileiro venceu seu primeiro campeonato na Fórmula 1.
Há seis anos, o projetista abandonou as corridas e, levando consigo a mesma equipe de engenheiros que trabalhava com ele na McLaren, saiu em busca de um novo desafio: construir o minúsculo T 25, um carro urbano que, ele espera, vai revolucionar a forma como automóveis são construídos hoje em dia.

Carro ecológico T 25
O carro de Murray é construído à base de fibra de vidro, garrafas de plástico recicladas e tubos ocos de aço. Ele utiliza um quinto dos materiais necessários para se construir um carro convencional.
O veículo leva três passageiros, pesa 575 kg, tem 240 cm de comprimento, 130 cm de largura e 160 cm de altura.
O T 25 alcança a velocidade máxima de 145 km/hora e deve custar em torno de US$ 9 mil.
Segundo seus idealizadores, um carro como esse teria o potencial de impedir engarrafamentos nas ruas e estradas do mundo, tendo em vista projeções de que o número de veículos no planeta deva atingir 2,5 bilhões por volta de 2020.
Ele também pode permitir que milhões de pessoas realizem seu sonho de ter um carro - mas consumindo menos recursos vitais para o planeta, como água, energia ou aço.

Carro sem portas
O objeto que concretiza a visão de Murray está guardado em um prédio modesto em uma região industrial em Surrey, no sudeste da Inglaterra.
O T 25 não tem portas. Para entrar nele, é preciso erguer a cabine do motorista.

Carro ecológico sem portas é arma contra engarrafamento
O T 25 não tem portas. Para entrar nele, é preciso erguer a cabine do motorista. [Imagem: Gordon Murray Design]

Seguindo o padrão dos supercarros da Fórmula 1, o motorista se senta sozinho na parte dianteira do carro, no meio do veículo, com os dois assentos de passageiros localizados na parte traseira.
Também seguindo o modelo da F1, o T 25 é construído com materiais compósitos - e apenas os mais baratos.
Os painéis do corpo do carro e o monobloco (ou base) são reforçados com fibra de vidro, que custa muito menos do que a fibra de carbono, diz Murray.
"Algumas das fibras são (agrupadas em padrões) aleatórios, algumas são entrelaçadas e outras são unidirecionais - isso é mentalidade de Fórmula 1", disse Murray à BBC.
A estrutura está fixada em uma armação feita com um tubo de aço que "sozinho, não é forte o suficiente".
Murray explica, no entanto, que uma vez que o monobloco é colado ao tubo, em um processo similar à forma como as janelas de um carro são fixadas no corpo do veículo, ele se torna "tão resistente e seguro como um carro convencional".

Manufatura flexível
Segundo Murray, o processo de fabricação dos carros criados por sua equipe, batizado de iStream, é flexível e barato.
Ele dispensa as instalações gigantescas das fábricas convencionais e grande parte da maquinaria pesada e altamente poluidora, como as grandes prensas que fabricam componentes de aço e as soldadoras.
Para fazer qualquer modificação no tamanho da armação ou na forma e cor do corpo do carro, basta reescrever o software, explica Murray.
Ou seja, uma mesma linha de produção pode fabricar modelos diferentes em um único dia.
Dessa forma, a fábrica do futuro pode ser menor e mais barata, além de poluir menos.

Propriedade Intelectual
Gordon Murray explicou que o objetivo de sua equipe é projetar carros que, ele espera, sejam produzidos em massa muito em breve.
Além do modelo para três passageiros, Murray e sua equipe - composta por 30 engenheiros - estão secretamente desenvolvendo vários desenhos diferentes - veículos para dois, cinco e oito passageiros, além de um ônibus.
Carro ecológico sem portas é arma contra engarrafamento
O T 25 é tão estreito que pode dividir uma mesma faixa de rua ou pista com outro automóvel. [Imagem: Gordon Murray Design]

Ele enfatiza, no entanto, que seu objetivo não é fabricar os carros e, sim, mostrar ao mundo o que sua equipe é capaz de fazer.
"Sou conhecido como um projetista, minha equipe constitui uma empresa de engenharia, mas na verdade a essência do nosso negócio é propriedade intelectual."
"Quero vender tantas licenças iStream para tantas pessoas e para tantos carros diferentes quanto possível, no mundo inteiro", diz Murray.

Carro barato
O argumento final de Gordon Murray em favor de seu carro visionário, no entanto, é econômico.
O uso de componentes mais baratos, em menor quantidade, e uma estrutura de fabricação menor, oferecem aos fabricantes cortes tremendos nos custos e reduz os riscos do investimento.
"A fábrica que constrói um carro iStream - qualquer que seja a forma ou o tamanho do carro - tem cerca de 20% do investimento de capital e 20% do tamanho de uma planta convencional de fabricação", ele disse. "E (usa) cerca de a metade da energia". "Nós rasgamos o manual de regras e o jogamos pela janela," finaliza ele.

Fonte:

Quando pensamos em urbanismo, lembramos dos problemas vividos diariamente nos centros urbanos como enchentes, poluição, degradação, violência, trânsito, entre outros. Todo projeto que tem por objetivo contribuir para amenizar ou solucionar tais problemas é benvindo. Sempre pensamos em transportes públicos coletivos eficientes associados a bicicletas, mas pedalar não é privilégio de todos!

Soluções possíveis

Júnia Leticia - Estado de Minas


          Déficit habitacional, eficiência no transporte e desenvolvimento da infraestrutura em bairros periféricos são os grandes desafios a serem vencidos na capital mineira.
Eduardo Almeida/RA Studio
Diretor da Torres Miranda, Júlio Tôrres reconhece que alguns bairros de BH têm ocupação pouco condizente com sua infraestrutura

          Diante de tantos desafios, como expandir? Para concretizar a mudança, idealizada tanto na Lei de Uso e Ocupação do Solo quanto no Plano Diretor da cidade, foi realizada, em 2009, a 3ª Conferência Municipal de Políticas Urbanas, na qual gestores técnico-empresariais e sociais opinaram sobre alterações na legislação. A discussão foi que o desenvolvimento da cidade fosse aliado à qualidade de vida, em prol de um crescimento sustentável.

          Com isso, algumas regiões passaram a permitir prédios mais altos, enquanto outras têm limite de altura e coeficiente de adensamento menor. Participante da conferência, o diretor da Torres Miranda Arquitetura, Júlio Tôrres, reconhece que alguns bairros de BH têm ocupação pouco condizente com sua infraestrutura, caso do Buritis. "Mas, generalizar foi um erro, pois nenhuma área teve seu uso estimulado", avalia.
Um dos prejuízos apontados pelo arquiteto foi a redução dos coeficientes de construção em locais próximos às grandes vias, estações de metrô e de ônibus. Ele acredita que isso foi feito sob o pretexto de bloquear a especulação imobiliária. “Foram criados mecanismos complicados de cálculo das áreas permitidas”, opina.

O arquiteto Oscar Ferreira também ressalta a importância do desenvolvimento da infraestrutura e destaca que a solução para suprir o déficit habitacional é a verticalização. Caso contrário, ela não comportará o número de habitantes. "Precisam permitir a construção de prédios em locais onde as pessoas querem morar."

O vice-presidente das incorporadoras da CMI/Secovi-MG, Evandro de Lima Júnior, diz que a verticalização é viável, dependendo da região. Em outros locais, é preciso um melhor planejamento do solo, buscando o progresso de localidades que ainda não têm uma boa infraestrutura. "Um exemplo é o Centro Administrativo, que levou desenvolvimento para uma região até então subdesenvolvida, sem envolver necessariamente a verticalização da área."

O resultado da falta de investimento em infraestrutura é a instalação de pessoas em áreas de difícil acesso, como considera Oscar. Ele cita a liberação de coeficiente mais permissivo em Nova Lima, que está conduzindo a população da Região Sul para a cidade. "E o ônus de acesso fica para BH."

De acordo com o arquiteto Júlio Tôrres, não há áreas de difícil acesso, mas, sim, regiões em que o transporte público não é eficaz. "O crescimento da cidade tem que ser antecipado pelo replanejamento da malha de transporte e das políticas de infraestrutura. Não se pode correr atrás. Primeiro você dá as bases, para depois expandir."

Para um crescimento sustentável, Evandro aposta em uma parceria entre o poder público e a iniciativa privada. "O caminho não é restringir a construção de novos empreendimentos, mas investir em áreas subaproveitadas", completa.

Apesar de reconhecer que o próprio mercado sinaliza para as tendências de ocupação, refletindo o desejo da população, o arquiteto Oscar também lembra que, ao escolher um imóvel, as pessoas buscam comodidade no dia a dia, o que está relacionado à mobilidade urbana. "Por isso, é preciso incentivo para que se ocupem regiões próximas de casa e do trabalho, diminuindo o fluxo de automóveis nas ruas e o deslocamento das pessoas, além de facilitar o uso de transportes alternativos, como bicicletas e metrô", diz.

EQUILÍBRIO

Uma das soluções para isso seria o desenvolvimento regional. Segundo Evandro, criar bairros que sejam independentes em termos de infraestrutura é essencial para o equilíbrio da cidade. "Lógico que algumas regiões vão continuar sendo polos de atração. Por isso, uma estrutura urbana que comporte esses deslocamentos e equilibre o desenvolvimento com sustentabilidade é a melhor opção."

Júlio Tôrres também ressalta a importância de se estimular a descentralização das atividades por meio de políticas de incentivo de uso de determinadas áreas da cidade, fora do Centro. "Esses núcleos regionais, onde as pessoas moram, trabalham e consomem, estão na base de cidades sustentáveis, nas quais o trânsito é desafogado, as emissões de gases são reduzidas, consome-se menos combustível e economiza-se o tempo das pessoas", analisa o arquiteto.

Fonte: http://noticias.lugarcerto.com.br/imoveis/template_interna_noticias,id_noticias=43989&id_sessoes=18/template_interna_noticias.shtml

          A reportagem acima relata a opinião de profissionais envolvidos na construção civil em Belo Horizonte sobre a mudança na legislação de Uso e Ocupação do Solo que entrou em vigor em 2010. A nova lei diminuiu os potenciais construtivos nos zoneamentos da capital mineira provocando uma diminuição na área dos apartamentos e um aumento de preço no mercado imobiliário. As pessoas viverão em lugares menores e pagarão mais por isso! A burocracia na aprovação de projetos aumentou consideravelmente prejudicando profissionais e proprietários de imóveis. O Prefeito sancionou a lei, mas a PBH não deixou claro à população o que a nova lei trará de benefícios a curtos e ou longos prazos para o município. As taxas e as multas são altíssimas, qual é o benefício?

Inovações, novas tendências e possibilidades na arquitetura hospitalar de Zanettini

Referência: FIGUEROLA, Valentina N. Luz por todos os lados. Revista AU, edição 168. Março 2008.
          A Revista Arquitetura & Urbanismo publicou o artigo do arquiteto Siegbert Zanettini a respeito de uma construção hospitalar. A revista tem como alguns de seus objetivos a apresentação e análise de projetos arquitetônicos permitindo, dessa forma, a abertura de um espaço capaz de suscitar a discussão da crítica arquitetônica sem excluir, entretanto, a prestação de serviços, a tecnologia de construção e os caminhos do exercício profissional e da atuação cotidiana do arquiteto. O profissional de arquitetura, Siegbert Zanettini, em seus 47 anos de carreira, já projetou mais de 50 hospitais. Sendo que, vale ressaltar o cuidado em seus projetos e planejamentos com construções anteriores. Para a realização do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco o arquiteto utiliza conhecimentos já existentes e concretizados em outros projetos, e mais, traz à profissão as inovações, novas tendências e possibilidades. Ou seja, o profissional, coliga conceitos arquitetônicos e técnicos, os quais já foram anteriormente empregados pelo arquiteto em projetos de mesmo tema. Dessa forma, há uma preocupação constante com conhecimentos construídos anteriormente assim como as novas idéias. Assim, em sua última construção hospitalar, Zanettini aproveitou e valorizou a iluminação natural possibilitando, com isso, a construção de um espaço “claro e alegre” (ZANETTINI, 2008, p. 7). Houve, portanto, a predominância dos investimentos claros na arquitetura de interiores. De acordo com o autor Figuerola (2008) bem como a constatação de seu trabalho, tanto volumetria quanto as fachadas do edifício foram construídas a fim de privilegiar a luz e a ventilação naturais de maneira intensa. E, com isso, a criação de um hospital tradicionalmente conhecido como um espaço frio e sem vida, tornou-se claro, diferente, integrado e naturalmente iluminado. Além do mais, destaca-se a preocupação diante da possibilidade de insolação excessiva dos ambientes, uma vez que há tantas aberturas e transparências exigiam soluções que a evitassem. Para tanto, destaca-se a dedicação e atenção dada pelo arquiteto ao projeto da construção do hospital, uma vez que busca reconstruir os significados desse espaço bem como atende às demandas do ambiente hospitalar como a higiene, cuidados com setores cirúrgicos, unidades de terapia intensiva e central neonatal.

            O texto é sucinto, possui linguagem clara, coerência e coesão. Chama a atenção do aluno de arquitetura e urbanismo o fato de um experiente arquiteto buscar aperfeiçoar seu trabalho, reunindo o que de melhor já projetou, executou e vivenciou. Interessante!

Reciclagem na Construção Civil



 
           O vídeo “História das Coisas” é extremamente didático e esclarecedor no que se refere ao lixo, desde a matéria prima até a disposição final. Ele nos leva a refletir sobre o consumo, o desperdício, a extração de matéria prima, nossa absurda produção de lixo, seus tóxicos e as formas de disposição final.
          A construção civil gera um resíduo que causa grande impacto no meio ambiente. É imenso o desperdício encontrado nos “bota fora” clandestinos, ocorrência comum em áreas públicas e terrenos baldios. O aproveitamento dos resíduos deve ser cada vez mais comum na construção das edificações visando a economia das matérias primas, a economia de energia e a sustentabilidade. A reciclagem na construção civil, tanto para novas edificações quanto para demolições, gera criatividade, usos diversificados e novas oportunidades de emprego. Com tanto potencial, é necessário novos investimentos em pesquisa, maior empenho no que diz respeito a coleta seletiva e a redução de resíduos, organização nos canteiros de obras e gestão adequada, além da educação e conscientização de todos.
            Apesar desse esforço não ser suficiente para solucionar o problema do lixo, contribui grandemente para a diminuição do desperdício, a conservação do meio ambiente principalmente para as gerações futuras.

PBQP - H - Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat


          O Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat – PBQP-H é um instrumento do Governo Federal para organizar o setor da construção civil em prol da melhoria da qualidade do habitat e a modernização produtiva.
            O PBQP-H foi instituído no Brasil em 1998, pela Portaria Ministerial 134 (Planejamento e Orçamento) e seu objetivo é fazer com que as construtoras alcancem qualidade de produtos e serviços. Elas devem seguir todas as normas de segurança, satisfazer seus clientes, promover aumento de competitividade no setor, reduzir custos e criar condições favoráveis para o uso dos recursos públicos, apresentando soluções de baixo custo. Acredita-se que, a longo prazo, haverá uma diminuição dos índices de déficit habitacional no Brasil, principalmente no que diz respeito à habitação de interesse social.
          As empresas que atuam no setor da construção civil podem optar por aderir ou não ao PBQP-H, entretanto aquelas que optarem favoravelmente devem atender aos requisitos baseados na norma ISO 9001:2000, específicos da construção civil. O programa do Governo Federal possui um processo de certificação evolutivo que vai do Nível D ao Nível A gradativamente.
          Empresários que atuam no ramo de construção civil no Brasil afirmam que o PBQP-Habitat apresenta ganhos expressivos de produtividade e redução de custos, além da melhoria da qualidade.
          O envolvimento da Caixa Econômica Federal – CEF no PBQP-H é de fundamental importância para o processo, pois ela exige das empresas a certificação para a liberação de recursos federais. A CEF também facilita a adesão das empresas ao Programa por meio de financiamentos específicos, aumentando a competitividade no mercado e favorecendo a modernização produtiva.
            Para mim o PBQP-Habitat se configura uma importante ferramenta de organização e administração de empresas construtoras. O Programa é amplo e burocrático, porém possui linguagem clara e detalhada. A adesão ao PBQP-H por muitas empresas no mercado reafirma o sucesso da metodologia que alcança os objetivos traçados.
                O Programa não é divulgado para a população em geral que, neste caso, como cliente vai adquirir o bem imóvel para moradia. Percebe-se que o conhecimento do PBQP-H ainda se limita às pessoas envolvidas no setor da construção civil e àquelas empreendedoras, ou seja, o consumidor, cidadão comum não possui argumentação para exigir o cumprimento do objetivo maior do PBQP-H que é viver com mais qualidade.

Feito de Garrafa Pet

          Acompanhe abaixo as fotos da construção de uma casa executada com garrafas pets. As embalagens de pets são um problema para o meio ambiente, tanto por sua durabilidade quanto pela quantidade excessiva de produção.
          Há muitas pesquisas, projetos e obras com garrafas pets na internet, indico aqui o site: http://blogarrafapet.blogspot.com/2009/08/contrua-sua-casa-com-garrafas-pet.html
          Acredito ser uma excelente parceria a construção de moradias populares com pets, é perfeitamente possível achar soluções para problemas de interesse público coletivo com os problemas relacionados com o meio ambiente.













































O exemplo da "Cidade das Formigas"



         Este vídeo faz parte de um documentário intitulado "O Mundo Secreto das Formigas", disponível no YouTube com versões em inglês e português. Trata-se da parte 5 (http://www.youtube.com/watch?v=DZqFvx5FZfc) e a partir do 6'18" é possível acompanhar a arquitetura da cidade das formigas. É incrível!
          Ao assistir esse vídeo me lembrei de alguns de nossos problemas sociais como habitação, produção e reaproveitamento de lixo; e vias de acesso e trânsito. O formigueiro é intrigante e muitas lições podem ser tiradas para nosso convívio em sociedade. As formigas são um exemplo de vida em sociedade! São organizadas, solidárias e unidas! O que uma sociedade unida é capaz de fazer?

Dengue, um problema de todos!

          A dengue continua matando... "O estado do Espírito Santo encerrou 2010 com 40.448 ocorrências da doença, sendo 1.808 na apresentação mais grave (complicações e dengue hemorrágica), entre os quais 17 mortes foram confirmadas e cinco em investigação. Neste ano já são sete mortes, embora somente um caso tenha sido confirmado por laudo da Secretaria de Estado da Saúde (SESA). E nos dois primeiros meses do ano houve 219 notificações de dengue hemorrágica." Acesse a reportagem completa no site do Jornal Tribuna, na data de 08 de março de 2011, página 11, através do link: http://pdf.redetribuna.com.br/

          As prefeituras dos municípios vizinhos a Vitória estão executando mutirões de limpeza em lotes situados em bairros onde a incidência da dengue está maior. Entre as ações de combate a dengue, estão:
- notificação aos proprietários para que mantenham as propriedades limpas;
- distribuição de telas para tampar caixas d'água;
- criação de comitês de mobilização com a participação de padres, pastores, lideranças de bairro e comerciantes; e,
- aplicação de inseticida num raio de 300m das residências onde pessoas adoeceram para matar o mosquito que está em sua fase adulta.



          O combate a dengue é tarefa de todos, nesse aspecto, é gratificante ver a comunidade unida aos órgãos municipais. Assim como o cidadão tem o direito de denunciar um vizinho por sua obra irregular ou pelo uso indevido de passeios também deve denunciar pela falta de higiene e acúmulo de entulhos que permitem a proliferação do mosquito da dengue. Os órgãos municipais podem assim direcionar os fiscais, notificar os proprietários ou acionar os "comitês" de ajuda ao combate a doença. Os proprietários que não atenderem a limpeza ou retirada de entulhos em prazos curtos (24h ou 48h) estarão sujeitos a multas ou sofrerão a visita do comitê de limpeza. Cada rua ou cada conjunto de 3 ruas pode ter fiscais que são uma espécie de amigo da saúde como os amigos da escola, por exemplo. As prefeituras também podem dar um incentivo aos proprietários para a limpeza e organização de suas áreas particulares, como por exemplo, abatimento de IPTU, distribuição de ármários e ou organizadores de bugigangas, distribuição de materiais de construção como telhas, telas, mourões, e outros materiais que podem ser utilizados como abrigos de espaços organizadores, bem como a visita de engenheiros civis e arquitetos que também podem ser amigos da comunidade. Os órgãos municipais podem fazer um cadastro de profissionais aposentados ou de uma certa idade para cima que poderiam contribuir em troca de um abatimento qualquer ou simplesmente por serem voluntários. Seria uma parceria e tanto, não?!

Politicagem


          No jornal da cidade de Vitória, ES, intitulado "A Tribuna" do dia 08 de março de 2011, página 21, encontramos um espaço para denúncias e reclamações dos leitores aos órgãos públicos cujo título é "Qual a Bronca?". Na data citada acima um morador do Bairro Araçás, município de Vila Velha, denunciou que o Prefeito Neucimar Fraga esteve há 2 meses na praça que possui o mesmo nome do bairro para anunciar a construção de um campo de futebol society. O morador, sr. Paulo César, afirmou que o campo de futebol society proposto pelo prefeito não atende as necessidades da comunidade no que diz respeito a prática de esportes para jovens e idosos e que em momento algum a comunidade foi consultada sobre o projeto.
Após a visita do prefeito, materiais de construção foram deixados no "canteiro de obras" e os mesmos estão sendo roubados e espalhados. A Secretaria de Infraestrutura e Projetos Especiais de Vila Velha respondeu ao leitor que a obra seria retomada a 15 dias. Você pode ler o quadro completo através do link: http://pdf.redetribuna.com.br/, basta inserir a data da reportagem e o número da página.

          Escolhi esta reportagem para o blog como uma oportunidade de reflexão e discussão do poder da mídia sobre denúncias de politicagens praticadas no território nacional, bem como reflexões e troca de idéias sobre os canais de comunicação entre a população e os órgãos públicos. O que pode ser feito para melhorar a comunicação entre a comunidade e os "políticos"? Os meios de comunicação existentes são bons e a comunidade não exerce o direito que tem? Até que ponto a culpa é nossa? O morador em questão, a princípio, aceitou o retorno da Secretaria de Infraestrutura da Prefeitura. Ele afirmou que estava aguardando o retorno das obras, mas não exigiu que o projeto fosse discutido e votado pela comunidade, ou seja, que o projeto fosse alterado. A politicagem parece ter dado certo mais uma vez...

terça-feira, 8 de março de 2011

Formação Profissional para Todos

PROGRAMA DE ESCOLAS TÉCNICAS SERÁ LANÇADO EM MARÇO, AFIRMA DILMA
O Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec) será lançado em março, de acordo com anúncio feito pela presidenta Dilma Rousseff. Em seu programa semanal Café com a Presidenta, ela afirmou que a ideia é ampliar o caminho de acesso à educação profissional para jovens do ensino médio e para trabalhadores sem formação.


O Pronatec, segundo ela, será composto por um conjunto de ações voltadas para quem deseja fazer um curso técnico mas não tem como pagar. Será um programa de bolsas e também de financiamento estudantil. O novo Programa de Financiamento Estudantil (Fies), de acordo com a presidenta, vai fazer parte do Pronatec.


“Assim, também o estudante do ensino médio vai poder ter seu financiamento para estudar em escolas técnicas privadas. Nós estamos criando novas condições para que o jovem conclua o ensino médio mais bem preparado, com diploma de curso técnico debaixo do braço”, explicou.


Dilma destacou a importância da participação da juventude no mercado de trabalho e afirmou que o governo pretende também ampliar o acesso ao ensino médio em tempo integral – em um turno, o aluno estuda a grade tradicional e, em outro, aprende uma profissão.


Para o trabalhador, o Pronatec prevê cursos de formação profissional com carga horária a partir de 160 horas.

Publicação: 14/02/2011

O Pronatec proposto por Dilma poderá mudar radicalmente o país em pouco tempo. Trabalhadores mais qualificados disputando o mercado de trabalho. Este no Brasil, por sua vez, se apresenta promissor na estimativa de especialistas financeiros para os próximos anos. Os espaços escolares deverão ser modificados e adaptados para essa nova realidade. Será que as escolas estão preparadas para essa demanda? Quais são os cursos possíveis de prática neste primeiro momento? Quais são as ações do governo para viabilizar o sucesso do programa? Quais são os cursos que vão garantir o emprego dos primeiros alunos? Atualmente quais são os setores que estão defasados de mão de obra? Quais são os espaços necessários para o ensino aprendizagem dos cursos técnicos? Todas estas questões respondidas, entre outras, podem apontar uma solução projetual arquitetônica de interesse de todos.